quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Pega ladrão de couve!

O plano de ter um canteiro de couve, fresquinha, pra colher na hora de fazer, é a primeira coisa que dá água na boca quando se pensa em horta.
Como tudo neste aprendizado, as couves estão me dando um baile.
Primeiro, acho que não escolhi a espécie que tinha em mente. A couve manteiga semeada há 3 meses, germinou em uma semana. Todas elas, 30 de 30.
Uns fiados altos e muito frágeis de um verde aguado e amarelado.
No primeiro mês  já perdi um terço delas. Acredito que com a operação de separação das mudas.
Me senti como uma mãe de primeira viagem ouvindo conselhos de todos os lados. Falta matéria  orgânica. É falta de exposição  ao sol. É excesso  de água! Enfim era de tudo um pouco e nada disso.
Quando expostas ao sol quase desmaiaram.  Com menos água ficavam mais desbotadas. E, o chorume,  matéria orgânica líquida, não  revertida a situação.
Uma pena que tenha perdido as fotos desses momentos num apagão do cartão  de memória  do celular.


Esta já estava semeada há 2 meses. Imagine você! Já com 4 folhas definitivas, não me pareciam resistir nem ao vento no canteiro definitivo.
Depois da lição das Abobrinhas,  igualmente frágeis,  que tentei manter em pé de todas as formas, até aprender que elas iriam deitar por natureza, resolvi tentar a sorte com as couves.
Me apressei em terminar o canteiro definitivo pra elas. Usei nele toda a primeira leva de húmus que tirei do minhocario, uns dias antes. Canteiro coberto com plástico e sombrite 50% dobrado. Pegando mais o sol da manhã que o da tarde.

Fui com fé e replantei todas elas em fila, em sequência da maior para a menor.

Sobrou canteiro. Completei com mais 6 sementes nos últimos espaços e, tive a primeira lição.  Germinaram em uma semana, tão rápido quanto as outras no berçário, porém, se desenvolveram sem fragilidade e alcançaram as que já haviam sido semeadas 90 dias antes. Só vendo pra crer. 


Neste momento, fiquei preocupada com as pragas pela primeira vez. Já plantei com uma certa barreira física que são estas fatias de canos de pvc.

Havia lido que a couve se beneficiava da cultura consorciada com algo de cheiro forte para, justamente, espantar algumas pragas. Escolhi o coentro. Boa escolha, germinação e desenvolvimento rápidos.

Rego, cato e observo todos os dias. Pra meu espanto, uma muda de coentro sumiu da noite para o dia. Nem sinal dela. Tinha certeza que estavam todas completas. Semeei outra.
Dias depois, outro sumiço.  OPA!  Tem ladrão nesta horta!!! Algum inseto que ainda não vi. Dizem que é da família do grilo.
E agora? Tudo bem que o coentro foi plantado para proteger as couves, mas, também não quero perder os coentros. Piquei um pedaço de fumo de rolo para que o cheiro afugente o ladrão. Sumiu mais um pé de coentro.
Vou colocar uma lâmpada pra espantar o sorrateiro invasor que aparece à noite.  Depois te conto...

8/12/016
Não foi preciso recorrer à iluminação, que, inclusive, poderiam mexer com o ciclo de desenvolvimento e atrair insetos. Parece que o ladrão enjoou com o cheiro do fumo.
Olha como estão lindas!!! Se desenvolveram escandalosamente depois que foram para o chão. 


Como a dica foi o cheiro para espantar os insetos, incluí também umas mudas de hortelã na beirada dos canteiros. Segundo a literatura que vi por aí, hortelã espanta a mosca branca da Couve.  Mosca que deveria ser chamada de piolho...pq de mosca não tem nada. Só percebi pq vi um minúsculo ponto branco no avesso de uma folha e, quando fui limpar voou. Depois do hortelã. ..não vi mais.
Andei me preocupando tb com uns riscos claros que apareceram em algumas folhas...mas nada que afetasse a produção. 
Couve. ..a campeã de produção. 
4 meses após a semeadura, já colhi, duas vezes as folhas maiores...e percebo que poderei colher toda semana um pouco.
Maravilha!







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